Bloqueio do Porto de Lisboa | 19 OUT

FAZER PONTES, OCUPAR A RUA, PARAR O PORTO DE LISBOA

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RÁDIO BLOQUEIO! Publicação de notícias a partir das 15h. Envia-nos informações, fotos, vídeos.

Vamos iniciar dentro de momentos a publicação aqui de notícias e informações várias sobre o dia de hoje: o bloqueio do porto, as manifestações, a concentração, etc. e tudo o mais que se relacionar com os protestos contra a austeridade. Quem tiver coisas interessantes, descrições, fotos, vídeos, denúncias envie por favor para o email de contacto: bloqueio.portolx@inbox.com

Violenta é a austeridade. Mais convocatória dos estivadores.

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Como justificar o despedimento de trabalhadores que teriam trabalho todos os dias desde que foram despedidos e simultaneamente se processem disciplinarmente os trabalhadores que não aguentam física e psicologicamente a brutal sobrecarga que lhes é imposta?

O BLOQUEIO JÁ COMEÇOU: vários navios estão a ser desviados do porto de Lisboa.

O bloqueio ao porto de Lisboa marcado para amanhã, dia 19 de Outubro, já está a ter resultados. Segundo fontes fidedignas ligadas à marinha mercante vários navios em trânsito para o porto de Lisboa cancelaram a sua chegada. Fala-se de 12 navios num total de 15 que era suposto chegarem entre hoje e amanhã (Informação em actualização). Primeira vitória.

…ISTO NÃO É UMA PROMESSA, É UMA PROPOSTA.

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CGTP aplaude hipótese de estivadores bloquearem Porto de Lisboa. Na RTP.

«Os estivadores ameaçam bloquear o Porto de Lisboa este sábado, o mesmo dia em que a CGTP organiza uma ação de protesto na capital e no Porto. A Intersindical vê com bons olhos a medida de luta.»

ISTO NÃO É UM COMUNICADO DE IMPRENSA

Reafirmamos: fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa. No dia 19 de Outubro vamos bloquear o terminal de Alcântara do Porto de Lisboa, após a concentração da CGTP às 15h, em Alcântara. Vamos interromper a circulação de mercadorias no principal terminal de transporte marítimo de Portugal. Vamos apoiar a greve em curso dos estivadores. Esta é a nossa greve à austeridade. Reafirmamos: esta é uma convocatória aberta e múltipla.

Esclarecemos: vamos juntar-nos à concentração marcada para Alcântara e seguir depois juntos com os estivadores até à Gare Marítima de Alcântara, e com todas as pessoas e organizações que já se pronunciaram nesse sentido.

Esclarecemos: vamos bloquear a entrada do porto. Vamos encanzinar. Vamos fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa. Por um gigante protesto contra a austeridade no dia 19 de Outubro.

Esclarecemos: a CGTP e seus associados estão a ser atacados por um estado autoritário e ilegítimo e portanto terão todo o nosso apoio se decidirem desobedecer. Não podíamos amar mais a convocatória de motards lançada recentemente.

Apelamos a que eventuais acções de ocupação e entrada no interior do porto tenham em conta a moldura penal violenta, aplicável mesmo no exercício do direito de manifestação. Esta convocatória não prevê a ocupação do porto de Lisboa. Estamos contudo conscientes que o movimento que se constituirá na rua no dia 19 tomará decisões plenamente conhecedor das suas capacidades.

Apelamos à participação massiva de todas as pessoas disponíveis para acompanhar e comunicar os protestos de sábado: a comunicação é uma arma. Apelamos à participação massiva de juristas e advogados que possam assegurar no terreno o respeito pelos direitos e liberdades fundamentais.

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Replicam-se as convocatórias para acções de protesto em simultâneo com a concentração da CGTP. No PÚBLICO.

Os estivadores reivindicaram publicamente o bloqueio ao porto de Lisboa ao final da tarde de quinta-feira. O militante e deputado do PCP, Miguel Tiago, lançou um evento no Facebook em que apela à participação dos motards na travessia da ponte.

Até ao dia de ontem, quinta-feira 16 de Outubro, o “movimento” que lançou a convocatória “Fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa” não tinha rosto.

Em entrevista ao PÚBLICO, Guilherme Príncipe, uma das pessoas envolvidas na mobilização, deixou escapar que a iniciativa, ainda que fosse “aberta e múltipla”, seria reivindicada publicamente por alguns grupos. Ao final da tarde, António Mariano, actual representante do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul de Portugal, reivindicou a iniciativa no blog 5dias.wordpress.com

Fazer a luta toda até que seja o governo a ceder! A convocatória dos estivadores.

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Sabemos da urgência dos tempos que correm e de como é importante fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para derrubar este governo. Semana após semana as intimidações continuam, a lei que o governo está a impor aos estivadores como à generalidade dos trabalhadores atira-os para a precaridade e, a prazo, para o desemprego. Não aceitamos que nos imponham a austeridade e que a violência das suas leis seja a sua única linguagem.

Não nos calaremos. Na jornada de luta do próximo Sábado estaremos na concentração da CGTP mas organizamos também um plenário de estivadores na Gare Marítima de Alcântara, que terá início no final da manifestação e não tem hora para acabar. Estamos nesta luta sem hesitações e para forçar o governo a sair definitivamente de cena. A sua demissão é o primeiro passo para mudar a nossa vida. É por isso que lutaremos Sábado. É por isso que lutamos todos os dias.

Todos a Alcântara!

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EMPATAR, ESTORVAR, ENCANZINAR.

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O bloqueio e a greve no porto de Oakland, 2011.

Há cerca de dois anos em Oakland, Estados Unidos, milhares de pessoas marcharam em direcção ao porto bloqueando-o durante muitas horas. Na decorrer desta acção, os sindicatos acabam por se juntar produzindo uma greve histórica num dos mais importantes portos da economia americana.

O tipo de acção, assim como as novas configurações políticas e de comunicação por ela inauguradas, entre os diferentes actores do movimento social anticapitalista, marcam doravante todo movimento occupy americano e também europeu.

Oakland ensinou que o bloqueio da economia, a greve social generalizada, só se constitui em força real quando se torna massiva e múltipla, composta por diferentes frentes de ataque, por diferentes centros de massa organizativos, por diferentes pontos de vista, tendências, experiências, comunas, escolas radicalmente diferentes.

NO DIA 19 DE OUTUBRO VAMOS BLOQUEAR O TERMINAL DE ALCÂNTARA DO PORTO DE LISBOA.

Queremos apoiar a greve em curso dos estivadores.
Queremos interromper a circulação de mercadorias no principal terminal de transporte marítimo de Portugal.
Queremos parar um dos principais nós rodoviários, e também ferroviário, da cidade de Lisboa.

Já experimentámos de tudo nestes últimos anos, que se fazem longos, de crise e austeridade: Saímos à rua em dezenas de manifestações massivas, fizemos várias greves gerais, usámos todas as figuras de protesto que a democracia autoriza. E no entanto por todo o lado se escuta ser necessário ir mais longe.

Sabemos que a crise não nos vai passar ao lado, nem esfumar-se por milagre.
Sabemos que a miséria de quase todos nunca será resolvida pela acumulação obscena de muito poucos.
Sabemos que, ao longo da história, os ricos e os poderosos nunca abdicaram voluntariamente dos seus privilégios.

Queremos parar a economia e colocá-la nas nossas mãos.
Queremos interromper a exploração para construir soluções comuns sobre os escombros de um regime desigual e catastrófico.
Queremos desobedecer à fatalidade da obediência, da pobreza e da miséria.
Queremos que dia 19 de Outubro a rua se constitua como uma força em comunicação com todas as lutas, do trabalho ao desemprego, das pensões à miséria.

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O Governo proibiu, os manifestantes não acataram. No blogue 5dias.

«No dia 7 de Setembro de 1974 um plenário com 2 mil trabalhadores ratifica a decisão de convocar uma manifestação que levaria os metalúrgicos da Lisnave para o centro da cidade de Lisboa, até ao Ministério do Trabalho, na Praça de Londres. Os trabalhadores da Lisnave exigem o saneamento da administração, recusam a lei da greve (que chamam nos comunicados de «lei anti-greve» porque queria proibir as greves de solidariedade e autorizar o lock out) e pedem a adesão de outros trabalhadores da Efacec, CTT, TAP.

(…)

O Governo, através do Ministério da Administração Interna, ilegaliza a manifestação no dia 11, temendo o alastramento da luta a outras empresas. Pela manhã de dia 12 uma delegação do MFA vai à Margueira para convencer os operários a adiarem a manifestação para um sábado. Em vão. Como lembra Fátima Patriarca, os operários tinham evoluído de uma posição dialogante para uma posição de força, em que as reivindicações não eram discutidas: a manifestação iria ter lugar e seria um acto de força contra o poder. No dia 12 de Setembro, os operários, reunidos no interior do estaleiro, ratificam a manifestação com apenas 25 votos contra. Lá fora, as forças do COPCON cercam, com grande aparato militar, o estaleiro.»

Segurança, em números.

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(Ao cuidado do Ministério da Administração Interna e sobretudo da Sociedade Geral)

ESTA É A NOSSA GREVE À AUSTERIDADE.

No gigante porto de Lisboa trabalha-se 24 sobre 24. As mercadorias nunca param de circular. Os trabalhadores nunca param de as empurrar. Do Atlântico chega de tudo distríbuido pela Peninsula Ibérica, e até mesmo pela restante Europa, em caixinhas cada vez mais pequenas qual boneca russa. Fazer greve ao trabalho ou bloquear a circulação é parar o capital. São milhões e milhões por hora que não vão parar aos bolsos de uns poucos, numa onde de choque que se estende por toda a cadeia de distribuição, por toda a cadeia de exploração. Esta é a nossa greve à austeridade.

Juntos podemos tudo. Que este bicho cresça por todo o lado. Não temos comité central. É pegar nas ideias, vontades e forças e seguir. Encontramo-nos sábado.

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Mais convocatória: Há momentos em que a única alternativa é desobedecer.

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Nada provoca tanta revolta no seio da burguesia como a revolta no seio dos trabalhadores. A internacional dos estivadores.

«Chegados ao parlamento [29 de Novembro 2012], os estivadores encontraram uma concentração de protesto da Associação de Empresas de Diversão (feirantes), que incluía uma caravela de piratas a fazer de baloiço, pipocas, matraquilhos e uma potente instalação sonora. Apesar do contingente policial ali presente, do rebentamento de numerosos petardos e de diversos manifestantes terem a cara tapada com lenços e passa-montanhas, o ambiente esteve sempre tranquilo. Após um curto discurso do presidente do Sindicato, Vítor Dias, seguido da leitura de mensagens de apoio e solidariedade vindas de diversos portos europeus e sul-americanos, uma delegação entrou no edifício para reunir com a Presidente da Assembleia da República. Cá fora o entusiasmo não esmoreceu e, ao fim de uma hora, o convívio entre trabalhadores portuários de toda a Europa culminou num comboio aos círculos ao som de Quim Barreiros, enquanto estivadores suecos defrontavam os seus congéneres cipriotas na mesa de matraquilhos e estivadores belgas e dinamarqueses procediam a uma degustação de cerveja portuguesa, contrariando cabalmente aqueles que dizem que a greve nos portos afecta o escoamento da produção nacional.

Definitivamente, a luta no sector portuário assemelha-se pouco aos protestos que costumam ser organizados pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), cujos poucos representantes presentes permaneceram extremamente discretos. Não se encontra aqui nenhum dos processos ritualizados a que nos tem habituado o movimento sindical: o discurso ao microfone foi curto, conciso e limitado ao essencial, a iniciativa nunca passou dos representados para os representantes, a dimensão internacional do conflito foi diversas vezes sublinhada, a ênfase no combate à precariedade e na solidariedade entre trabalhadores foi notória e, finalmente, os outros movimentos sociais e indivíduos que acorreram para se solidarizarem foram recebidos com simpatia, mesmo se os acontecimentos recentes motivaram cautelas adicionais. »

Ler mais aqui.

FAZER PONTES: Queremos fazer crescer outras lutas, noutros sectores da economia, noutras áreas da vida.

Aos trabalhadores das livrarias Bulhosa, aos pequenos editores ultrajados pela Bulhosa: Esta também pode ser a vossa luta.

«Deve ser isto a crise. Direitos que são considerados privilégios e privilégios que são considerados direitos. A polícia que dispara e espanca e persegue e é chamada para garantir que a violação da lei decorre com toda a tranquilidade. Trabalhadores assalariados que trabalham sem receber o seu salário. Livrarias geridas por pessoas que nunca leram um livro.

Nada o ilustra como o caso da Bulhosa Livreiros – Sociedade Comércio Livreiro S.A., que despede quem denuncia os salários em atraso dos seus trabalhadores e contrata estagiários e reformados para os substituir. Desde o início de 2013 que o calote se agravou, estando neste momento por pagar vários meses de salário e largas centenas de euros em dívidas a pequenos editores.»

O número de contentores movimentados no Porto de Lisboa, durante o mês de Agosto de 2013, cresceu 4,7%

“Os nossos terminais registaram números muito positivos que reforçam uma tendência de crescimento”, afirmou Marina Ferreira, presidente do Porto de Lisboa, de acordo com um comunicado da empresa.

A responsável revela que o Terminal de Contentores de Santa Apolónia cresceu 7,1%, o Terminal Multipurpose de Lisboa registou um aumento de 6,1% e o Terminal de Contentores de Alcântara teve um crescimento de 5,5%.